domingo, 1 de dezembro de 2013

Reapresentação

E se? Quantas vezes é essa a pergunta que nos fazemos e quem sabe deveria dar certo. O mundo girou e nós nem percebemos que cada dia que passa tudo fica mais rápido de se fazer, de se estar de aproveitar, só hoje já nasceram 350.526 pessoas no mundo, morreram 144.653 ou 3.036.564 mensagens em blogs foram escritas, mas e daí? o que você tem a ver com isso? Na verdade tudo, quem te falou que você não faz parte de alguma estatística em algum lugar do mundo ou no tempo?
Mesmo se você pudesse fazer qualquer coisa para atrasar, recomeçar, refazer e ainda sim parar o tempo, o relógio rodaria e você se veria envelhecer sem que nada pudesse ser feito ou ainda tivesse feito, não sairia, não amaria, não correria, não aproveitaria e ainda estaria parado no espelho pensando como seria bom se vivesse mais uns 50 anos e daí começaria tudo de novo.
A verdade estaria escrita nas paredes e você parado no seu tempo particular sem nem querer sair do lugar e a mesma pergunta se repetiria: e se?
Você seria capaz de mudar o mundo?
Você poderia conhecer todos os lugares do planeta?
A vida seria melhor caso acordasse mais cedo?
E se?
Busque novas explicações, novas formas, novos conceitos e nova cultura.
BEM VINDO AO EXATAMENTE HUMANO


A Consciência do Imaginário

Não é de hoje que no Brasil ouvimos falar em nossas aulas de história o quanto os negros sofreram durante a escravidão e que eles foram os responsáveis pela miscigenação da cor e da cultura brasileira dos últimos 4 séculos, mas será que não falta nada para entendermos a complexa estrutura da qual o nosso país vem se desfazendo nesses anos todos?
Esse dia 20 de novembro (Dia da Consciência Negra) do qual em algumas partes do país é feriado e em outras uma data comemorativa não é mera coincidencia ou por um fato comercial ela é, justamente, o dia da morte de Zumbi dos Palmares, negro africano, que fugiu, fundou o Quilombo dos Palmares e virou mártir no memorial do Movimento Negro do Brasil e ainda desde 1997 integra o Panteão da Pátria e da Liberdade em Brasília e disso, quase ninguém sabe e não é por que as pessoas são desinformadas, e sim justamente por um tal de racismo que assola e assombra a nossa história desde os tempos de Cabral.
Nosso país é negro, de fato, o Brasil tem a maior população considerada negra fora da África, o que – não quer dizer que – isso seja um motivo para o respeito, convívio e igualdade no tratamento entre as pessoas de cores diferentes. Os negros só estão no topo das estastísticas quando o assunto é: criminalidade, desemprego e miséria, embora nos ultimos 10 anos, o Brasil tenha dado um salto rumo a melhoria dos índices ligados aos negros, ainda há muito o que se fazer.
A lenda de que o Brasil é uma “Democracia Racial” como muitos intelectuais, políticos e populares teimam em dizer é uma utopia ou simplesmente um imaginário do qual as pessoas preferem ter ao invés de assumir o racismo, o preconceito e a vontade grande de minimizar os feitos desse povo negro ou ainda de tentar abolir e desvincular a imagem de que nós somos uma mistura de povos, mas, ainda que de forma distante e não misturada durante a colonização têm em sua origem não só o pé, mas o corpo todo na África¹ em algum momento no tempo ou há pelo menos 2 milhões de anos atrás.
As discussões sobre as Ações Afirmativas compõem e de forma muito esclarecedora o imaginário social do preconceito e de como é mais fácil para uma população negar as origens ao encarar o fato de exclusão e descaso com que a população negra de pele e de mente enfrentou e ainda enfrenta no Brasil atual, é um fato que, o acesso à educação em especial, do ensino superior no país, é muito mais difícil para negros, por se configurarem em sua maioria moradores de periferia onde o Estado não chega e garante a esses condições de se prepararem como os estudantes das áreas mais ricas e desenvolvidas da nação, além da questão de que há uma dívida social para com esse povo.


Não é que os negros mereçam mais que a população branca, mas é que devemos tirar de nossos imaginários a ideia de que o negro era escravo, é doméstico e vai ser sempre alguém subordinado ao branco rico ou mesmo pobre, até porque, muita gente aí quer diferenciar status social por cor de pele, mas isso é uma discussão para outra hora.


[...]não só o pé, mas o corpo todo na África¹: Fazendo referência à expressão popular “tenho um pézinho na África” o que quer dizer que gosta de negros.